Mais de 1 milhão de membros deixaram a Igreja Metodista Unida devido à sua doutrina LGBT. Na última terça-feira (28), a Metodista da Costa do Marfim votou a favor de sua saída da denominação, em uma sessão ordinária.
O país tinha o maior número de metodistas fora dos Estados Unidos, com mais de 1,2 milhão de membros, apenas em 2022.
A saída da igreja africana representa um baque para a Metodista Unida, já que mais de um décimo dos fieis deixaram a igreja em apenas um dia.
“Por razões de consciência perante Deus e a sua Palavra, a autoridade suprema em questões de fé e de vida, a conferência anual da Igreja Metodista Unida da Costa do Marfim (EMUCI) decidiu deixar a denominação da Igreja Metodista Unida”, afirmou em nota.
A Igreja da Costa do Marfim ainda afirmou que o Metodismo Unido “se desvia das Sagradas Escrituras” e prefere “sacrificar a sua honra e integridade para honrar a comunidade LGBTQ”.
“A Igreja Metodista Unida se baseia agora em valores socioculturais que consumiram a sua integridade doutrinária e disciplinar”, declarou o Bispo Benjamin Boni, presidente da EMUCI.
A saída dos membros da Costa do Marfim aconteceu semanas depois da Conferência Geral Metodista Unida, nos Estados Unidos, eliminar a crença de que o sexo é apenas para dentro do casamento.
Liberalismo e teologia pró-LGBT
No dia 3 de maio, na Carolina do Norte, a Conferência ainda removeu o adultério, o sexo antes do casamento e a homossexualidade como pecados a serem evitados por líderes e pastores.
Segundo Mark Tooley, presidente do Instituto de Religião e Democracia, a decisão da Metodista da Costa do Marfim podem inspirar outras Metodistas Unidas a saírem da denominação, cada vez mais liberal.
“O exemplo da Costa do Marfim será instrutivo para muitos outros. Em cinco anos, muito provavelmente quase toda a África terá abandonado o Metodismo Unido”, avaliou Mark.
E destacou: “Só a intervenção divina poderia restaurar a saúde moral e o vigor marcial do Metodismo Unido. Na nova era da América pós-denominacional, provavelmente o Metodismo Unido, com outras denominações, não existirá significativamente como organismo nacional dentro de 10 anos. Mas o Metodismo em África, seja qual for o formato, continuará a prosperar”.
Saída de congregações
Entre 2019 e 2023, mais de 7.600 congregações, principalmente conservadoras, nos EUA se separaram, refletindo a consternação com o fato de a denominação não aplicar suas proibições ao casamento gay e à ordenação LGBTQ.
Até recentemente, a denominação era a terceira maior dos EUA, presente em quase todos os condados. No entanto, espera-se que o número de 5,4 milhões de membros dos EUA em 2022 diminua quando as saídas de 2023 forem contabilizadas.
A denominação também conta com 4,6 milhões de membros em outros países, principalmente na África, embora estimativas anteriores tenham sido mais altas.
Publicada por: RBSYS
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